Durante a conferência anual Seatrade Cruise Shipping Miami, Barbara Muckermann, Directora de Marketing Corporativo da MSC Cruzeiros, apresentou no painel Luxury at Sea dados relativos ao mercado dos cruzeiros de luxo, revelando um aumento na procura global deste serviço e do produto da companhia, MSC Yacht Club que terá um espaço totalmente dedicado no novo navio que chega em 2012, o MSC Divina.
Segundo os dados apresentados, o segmento de cruzeiros de luxo corresponde a 5%, em termos de capacidade disponibilizada, da quota total de mercado, sendo notório um aumento da capacidade de passageiros nos navios recentemente construídos, um alargamento na oferta de serviço de mordomo, a existência de áreas privadas nos maiores navios e um grande aumento na variedade de escolha nas refeições a bordo.
O Mediterrâneo é identificado como o principal destino dos cruzeiros de luxo, além de outros destinos mais exóticos que também agradam a este tipo de clientes mais sofisticados. Na Europa, os passageiros do Reino Unido, seguido pelos da Alemanha, Suíça e Áustria são os que dão maior importância ao serviço de luxo durante os seus cruzeiros.
Relativamente a Portugal, Eduardo Cabrita, Director Geral da MSC Cruzeiros refere que “no nosso país, o segmento de luxo tem crescido nos últimos 5 anos. A MSC Cruzeiros começou a comercializar o serviço de 6 estrelas MSC Yacht Club no ano passado e acreditamos que com a estratégia adequada este é um segmento que irá crescer muito significativamente nos próximos 3 anos”.
Os novos cruzeiros de luxo não só colocam em destaque os espaçosos camarotes, os serviços de qualidade superior, os restaurantes e spas de marca, que atraem novos clientes, mas as recentes tendências indicam que a escolha de uma experiência a bordo de um cruzeiro de luxo envolve também diferentes produtos para diferentes consumidores.
Para Barbara Muckermann, o luxo tem actualmente um novo significado e os consumidores de produtos de luxo estão a mudar e estão ainda mais instruídos.
A população mundial detentora de grandes fortunas (classificados como HNWI - High Net Worth Individuals) caiu em 15 por cento no ano de 2008, mas recuperou em 2009, ano em que a sua riqueza colectiva cresceu 19 por cento.
“O consumidor consciente agora gasta com mais certezas e redefine o que é verdadeiramente de luxo. Procura longevidade, materiais de alta qualidade, luxos discretos e autenticidade, como confirmado por uma recente pesquisa da revista de viagens Condé Nast Traveller”, disse Muckermann.
Fruto desta mudança comportamental, a percepção de luxo mudou da simples aquisição de bens para as experiências memoráveis e viajar é, sem dúvida, a experiência máxima. “Os cruzeiros nasceram como uma experiência de luxo e ainda o são”, finalizou Muckermann.
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