Ontem (18.5.2011) foi um grande dia para a frota dos 52 Series mas hoje é um dia histórico para o Circuito Audi MedCup e para a frota Soto 40 tendo hoje lugar as primeiras regatas desta classe na Europa.
Parece que esta estreia está abençoada com as boas potenciais condições climatéricas com previsão de vento a soprar de N-NW com 9-14 nós. Tal como ontem as regatas terão lugar no campo de regata da área 2 situado a oeste da Baía de Cascais.
De facto, existem algumas diferenças nas opiniões dos navegadores e conhecedores do tempo de Cascais. O português Hugo Rocha, táctico do Bigamist da frota Soto 40, diz que o vento soprará com um pouco menos de força que o previsto, enquanto o táctico do Patagonia, Nacho Postigo, acredita que poderá chegar ao 18-19 nós.
Hoje a atenção vai estar centrada nos Soto 40 na sua entrada em cena. O Iberdrola é considerada a equipa mais preparada, depois de ter lançado o seu primeiro barco na Europa e com o mais estruturados dos programas de treino a partir da sua base em Valência.
De acordo com os seus rivais ontem demonstraram um trabalho de equipa e uma manobra suave e refinada, mas certamente não são imbatíveis.
Cinco S40 estarão presentes na linha de largada. Duas tripulações Portuguesas, Pedro Mendonça com o Bigamist e Francisco Lobato com a sua equipa no XXII Portuguese Sailing Team, estão a gerar alguma expectativa no público local.
A equipa do Ngoni de Tony Buckingham (GBR), experiente e bem sucedida, tem ainda algumas arestas enquanto que a equipa South America do Patagonia tem como táctico o director técnico do Circuito Audi MedCup.
Na frota os TP52 todos estão muito próximos. O Container (GER) vai para a água com dois pontos de avanço e irá tentar manter o mesmo nível de consistência e performance que demonstrou no primeiro dia deste Circuito Audi MedCup.
Para ambas as classes estão previstas, no dia de hoje, duas regatas. Nesta época irão ser efectuadas um número máximo de oito regatas por prova para os S40 e nove para os TP52, uma redução que reflete a opinião das tripulações para quem as três regatas por dia constituiam um programa excecivamente extenso. Assim para os TP52 isto significa um máximo de 45 regatas ao longo da época, o que incluim uma regata costeira por evento. Aqui em Cascais a regata costeira será Sábado.
Juan Luis Páez (ESP), navegador da equipa espanhola do Iberdrola diz:
“Chegamos à primeira regata um pouco preocupados, mas em parte porque se trata da estreia. Não sabemos como iremos funcionar em termos competitivos, mas temos consciencia que desenvolvemos um bom e sólido trabalho na pré-época. Esta incerteza é tanto maior quanto temos consciencia que somos a equipa que passou mais tempo a trabalhar no barco. Ontem vimos que será uma luta renhida e que vai ser muito dificil vencer. Ainda não conseguimos descobrir se estaremos a velejar melhor com ventos fortes ou fracos, mas penso que somos melhores com ventos constantes sem grandes saltos ou variações de pressão. Poderemos ser vistos como o principal candidato à vitória, mas na realidade todos os barcos são iguais. Ontem ganhamos uma muito renhida a regata, mas o momento em que se comete um erro pode-se cair rapidamente para a quarta, quinta ou última posições.”
Hugo Rocha (POR), táctico do Bigamist (POR): “A minha previsão para hoje é de um pouco menos de vento. Quanto aos barcos excelentes barcos e com uma frota significativa na América do Sul. Na Europa, penso que irão crescer bastante na próxima época.
Os barcos são óptimos para velejar. À bolina têm um comportamento normal e são simples de controlar, já à popa ao cambar são mais físicos e sem roda de leme, por isso mais duros para a tripulação. Na manobra não é um barco fácil.
Ontem não conseguimos fazer uma boa largada, mas melhoramos na segunda bolina, terminando em segundo.
A equipa do Iberdrola é muito boa por isso temos de nos esforçar para os alcançar. Não acredito que existe nenhuma vantagem especial por estarmos em Cascais, nas nossas águas.”
Francisco Lobato (POR), skipper, XXII Portuguese Sailing Team (POR): “O barco é muito rápido e divertido para velejar. Tudo o que não seja ficar em último será um bom resultado para nós, porque estamos a apreender a lidar com o barco e esta é a primeira vez que velejamos juntos como uma equipa. O Iberdrola e o Bigamist são excelentes equipas. As restantes equipas são experientes, o que não acontece connosco. Acho que estaremos melhor com menos vento, porque acho que estamos um pouco vulneráveis na manobra dos barco com ventos fortes. Por outro lado, estamos confiantes por velejar em casa, por conhecermos o campo de regata e sabermos a forma como se comporta.”
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